3 Formas que seu Cérebro te Impede de Criar uma Newsletter de 100 Mil Assinantes

3 Formas que seu Cérebro te Impede de Criar uma Newsletter de 100 Mil Assinantes

Em 1999, uma equipe de pesquisadores convidou um grupo de estudantes universitários para um experimento aparentemente sem sentido.

Eles foram convidados a usar uma camiseta com a foto de Barry Manilow, um músico considerado brega entre a geração mais jovem, logo, provavelmente vergonhoso para quem vestia. 

Se sentindo constrangidos e com certeza de que todos iriam notar e os julgar, os alunos entraram em uma sala onde outros participantes estavam envolvidos em um estudo.

Ao sair da sala, os alunos vestindo as camisetas do Manilow foram pedidos para supor quantas pessoas haviam notado suas camisetas. Frequentemente, os participantes superestimaram bastante o número. Na realidade, muito menos pessoas prestaram atenção ao que eles estavam vestindo.

Através deste estudo, o Dr. Gilovich e seus colegas revelaram o “Efeito Spotlight”, que demonstrou que as pessoas tendem a acreditar que são o centro das atenções, enquanto outras não estão tão focadas nelas quanto supõem.

 

Qual é a moral dessa história?

Ninguém dá a mínima para você tanto quanto você pensa.

As pessoas recebem dezenas de emails todos os dias. Elas não vão cancelar a assinatura do seu só porque não é 100% perfeito toda semana.

Você tem tempo para aperfeiçoá-lo à medida que avança.

Vejamos três crenças limitantes que descobri que muitos escritores de newsletters têm:

1. Você acha que precisa saber de antemão o que seu público quer

❌ “Preciso saber o que eles querem” → ✅ “Vamos descobrir o que eles querem”

Ninguém tem ideia do que está fazendo. Sério. Nem o CEO de uma startup unicórnio, nem o dono da newsletters de 100 mil assinantes. Estamos todos improvisando. A única razão pela qual parece que essas pessoas bem-sucedidas sabem o que estão fazendo é porque estão fazendo testes A/B em cada parte do seu trabalho e vida.

A única resposta certa para uma pergunta que começa com “Qual é a melhor maneira de…?” começa com “Depende…”

Cada. Público. De. Cada. Newsletter. É. Diferente. Você não será capaz de simplesmente pensar em uma newsletter de sucesso, a estrutura perfeita, uma página de opt-in com alta conversão.

  • Pergunte por aí e esteja atento. Quais são as maiores questões e pontos problemáticos para o seu público-alvo? Passe algum tempo onde eles estão (digitalmente ou na vida real). Ouça o que eles falam ou pergunte diretamente.
  • Comece a compartilhar a solução. Faça um tweet sobre isso, escreva no Medium e envie para sua lista de e-mail. Muito em breve, você perceberá com o que as pessoas realmente se importam. Não apenas o assunto, mas o formato, a maneira como você fala e com que frequência você fala sobre isso.
  • Multiplique o que funciona. Não só assim que sei sobre o que escrever, mas também pego os tópicos de conteúdo mais populares e os transformo em iscas digitais e em produtos pagos, como cursos.

2. Você foca em resultados, não em processos.

❌ ”Preciso conseguir 10 mil inscritos” → ✅ “Quero enviar um e-mail toda semana”

Quando escritores iniciantes veem uma newsletter de 100 mil assinantes, eles pensam: “ah, preciso criar um conceito ao nível de uma newsletter de 100 mil assinantes se quiser chegar lá!

Isso é verdade. Parcialmente.

Você precisa ter uma newsletter incrível se quiser chegar a 100k. Mas você não pode criar esse conceito antes de começar a enviar seus e-mails!

Aquela newsletter de 100 mil já teve menos de 100 assinantes. Mas eles continuaram. Algumas pessoas passam anos escrevendo para apenas alguns milhares de assinantes. Mas eles não estão apenas escrevendo. Eles estão acompanhando o que funciona. Testando coisas novas. Então, um dia, eles veem aquele gráfico indo cada vez mais em direção às estrelas.

O tal do “sucesso da noite para o dia” não acontece da noite para o dia.

  • Foque no processo, não nos resultados. Você nunca conseguirá escrever para 100.000 pessoas se simplesmente não escrever!
  • Crie métodos. Você precisa de processos para escrever, para guardar e organizar ideias, para testar táticas de crescimento. Configure seus sistemas e remova o atrito. Faça com que a criação seja fácil.
  • Entenda suas limitações. Escrever uma newsletter vai te custar – tempo e dinheiro. Entenda o quanto você é capaz de produzir e com que frequência. Remova algumas tarefas ou contrate alguém para ajudá-lo se for demais.

“Os escritores profissionais sabem que o primeiro rascunho não precisa ser genial. Eles irão reformular seu trabalho várias vezes, fazendo mudanças radicais a cada vez. Então não adianta tentar acertar de primeira.”

– Olly Richards

3. Você acha que precisa escrever tudo de uma vez

❌ “Preciso escrever a newsletter” → ✅ “Vamos começar a escrever a newsletter”

Eu sempre lutei para começar. Tentei organizar e planejar tudo na minha cabeça antes de colocar no papel. E isso é quase impossível com um cérebro tão hiperativo e confuso quanto o meu.

As coisas mudaram quando li uma pequena postagem no blog do David Perell, onde ele explicava a diferença entre o Método da Impressora e o Método do Pixel para escrever. O primeiro significa que você elabora cada frase com perfeição antes de passar para a próxima. O último, você começa a “colocar pixels” em qualquer lugar do papel. Aleatoriamente. Onde você sentir que deve.

Até este e-mail aqui começou como um monte de tópicos bagunçados e mal escritos. Tive uma ideia e comecei a escrever palavras. Eu estava pensando com minhas mãos. Assim que o fiz, comecei a ver conexões, obter novas ideias e expandir o que já havia escrito.

Quando você perceber que já tem uma base para começar a escrever, todo o seu processo criativo mudará.

  • Comece o próximo e-mail imediatamente. Mantenha o ritmo. Assim que você clicar em “Enviar” em seu último e-mail, crie o próximo e decida sobre o assunto. Quando você conhece o assunto, seu subconsciente trabalhará durante o dia. Adicione ideias ao rascunho à medida que elas surgirem.
  • Escreva o rascunho. No dia seguinte, sente-se e acrescente as ideias que ainda não foram anotadas. Escreva um rascunho básico, com tópicos e a estrutura. Onde quer que você precise mais.
  • Colete e adicione recursos e links. Quando você souber sobre o que quer falar, começará a ver recursos, citações e fatos que pode usar para apoiar seu próprio texto.

Em vez de esperar até o último minuto, espalhe o processo criativo durante toda a semana.

E faça com que seu cérebro seja seu aliado!  

 

Texto original por: Jens Lennartsson (Marketing Mule) tradução para português exclusiva por Swiper.

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