Este anúncio é de 1924, com a headline “Why Men Crack…” e foi um dos grandes clássicos da agência de publicidade “Young & Rubicam“. Este copy teve um impacto considerável nas vendas do produto Postum.
Para os assinantes do Swiper, temos um artigo completo, analisando em detalhes toda a história por trás dessa famosa campanha. Clique aqui para ler “A história do homem que quase matou a indústria do café“.
Este produto prometia ser um substituto ao café, feito de trigo e farelo. Apesar da indústria de café ser uma das mais lucrativas na história humana, houveram épocas onde essa indústria esteve em situações complicadas.
O estilo desse anúncio era completamente diferente de um anúncio de cereal para a época. Em vez de focar no produto e seus atributos, o anúncio começa induzindo medo e atingindo os pontos problemáticos em relação à deterioração da saúde, por isso a headline “Por que os homens fracassam” e uma citação introdutória de advertência de uma figura de autoridade.
É curioso também ver a citação de uma personagem fictícia, chamada “Carrie Blanchard”. Neste copy, Carrie é descrita como viajando pelo país e preparando Postum para mais de meio milhão de pessoas.
Depois de construir relacionamento e autenticidade com a história de Carrie, eles levam direto para a oferta que é rotulada como a “Oferta de Carrie Blanchard”, fazendo com que o leitor sinta que está lidando com uma pessoa de verdade, gerando conexão. Algo que provavelmente não aconteceria com uma grande empresa.
Naturalmente, nos dias de hoje, a criação de uma personagem fictícia surtiria um efeito negativo em seu copy. No entanto, este é um bom exemplo de “humanização” de um produto. Ao desconstruir a imagem de uma grande empresa, o copy torna o produto mais acessível e convidativo para o público alvo (neste caso, homens adultos).
As pessoas também perguntam
Podemos considerar que o copy é direcionado para pessoas no nível 2 (consciente do problema).
O copy fala com um público que já sente sintomas como inchaço, refluxo, fadiga e ganho de peso abdominal, mas ainda não conhece ou não compreende totalmente a causa real (saúde intestinal), nem necessariamente a solução.
Há um esforço explícito de educação e reestruturação de crença ao longo do texto. Esse tipo de abordagem é típica do segundo nível, onde o leitor sabe que algo está errado, mas ainda precisa ser conduzido até a solução e produto.
O copy trabalha fortemente com o sentimento de vergonha disfarçada de frustração.
A emoção, porém, se transforma ao longo do texto em orgulho masculino, com promessas de: resgatar a admiração da parceira ou causar inveja nos amigos.
O texto não fala só de digestão. Ele fala de poder, autoestima, virilidade e prestígio masculino.
O copy usa como mecanismo do problema um elemento invisível que sabota a saúde masculina por dentro. Esse mecanismo é baseado em três fatores interconectados:
Redução das bactérias boas, proliferação de bactérias ruins e intestino lento, danificado e com vazamentos.
Já o mecanismo da solução usa o produto como um reparador intestinal que atua diretamente na causa raiz do problema.
Esse mecanismo de ação é composto por ingredientes específicos, cada um com uma função complementar, focado em reparar o intestino, equilibrar as bactérias e restaurar o funcionamento pleno do corpo masculino.